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Um Tartufo

O ator e diretor Bruce Gomlevsky comemora 10 de sua Cia Teatro Esplendor com uma livre adaptação de “O Tartufo”, de Molière

 

Aclamada pelo público e pela crítica em 2018, a peça está indicada aos Prêmios Shell de Melhor Figurino, Melhor Iluminação e Categoria Especial pela Inovação, e ao Prêmio Cesgranrio de Melhor Figurino

 

Totalmente sem texto e trabalhada unicamente a partir das ações físicas, a companhia mergulha no universoexpressionista para sua primeira montagem não realista

 

Livremente inspirada pelo texto de Molière, a peça fala sobre os vários Tartufos que nos cercam no mundo contemporâneo. 

 

 

Espetáculo comemorativo pelos dez anos da Cia Teatro Esplendor, UM TARTUFO, com direção de Bruce Gomlevsky e livremente inspirada no clássico "O Tartufo", de Molière, volta à cena para curta temporada no Teatro da CAIXA Nelson Rodrigues. O espetáculo lidera as indicações ao 31º Premio Shell Rio de Janeiro, e concorre também ao Prêmio Cesgranrio.

 

A CRÍTICA

 

"Um tartufo", livre adaptação do clássico de Molière realizada coletivamente pela Cia Teatro Esplendor e dirigida por Bruce Gomlevsky, subverte já no título o original francês do século XVII, sugerindo que, hoje, um outro tartufo roubou o posto do Tartufo original. O enredo da peça pode ser lido como um retrato da ascensão desse outro tartufo, cuja identidade não é difícil de descobrir no contexto político do Brasil atual.” (Patrick Pessoa, O Globo)

 

“A criatividade transbordante de “Um tartufo” é apoiada pelo elenco, que é capaz de forma afinada de mostrar a comédia satírica que é o texto, mas também das situações dramáticas dos personagens pelas manipulações de Tartufo, brilhantemente interpretado por Yasmin Gomlevsky.” (Claudia Chaves, Jornal do Brasil)

 

“Como em tudo que Gomlevksy faz, temos uma traição para se manter mais fiel o possível do original – um reflexão corriqueira nas peças em que monta.”(Fernando Carneiro, jornal Valor Econômico) 

 

“Em bom momento a Cia Teatro Esplendor compartilha uma singular criação coletiva, a partir do original de Molière, sob o seguro comando diretor de Bruce Gomlevsky que, além do pleno  domínio do espetáculo, conta, ainda, com a perspicaz ironia crítica de sua titulação Um Tartufo”. (Wagner Correa, blog “Escrituras Cênicas”)

 

“Não resta a menor dúvida de que se trata de uma proposta muito ousada e corajosa, cujo sucesso, de público e de crítica, deve ser creditado, principalmente à direção e ao estupendo trabalho de um elenco coeso, completamente amalgamado (...)” (Gilberto Bartholo, blog “O Teatro Me Representa”)

 

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Reconhecida como uma das maiores comédias de todos os tempos, conta a história de um falso e ambicioso devoto que se infiltra na casa de uma família para se aproveitar e beneficiar de sua fé e ingenuidade. 

 

Encenada pela primeira vez em 1664, desde sua estreia - quando foi censurada pela igreja - provocou reações contundentes na plateia por seu humor ácido e sintonia com questões importantes de seu tempo. Até hoje é montada em todo o mundo por sua imensa capacidade de retratar com exatidão o homem e desnudar suas mazelas e mesquinharias.

 

A peça se revela um poderoso meio de refletir, com humor, sobre questões que estão até hoje - e talvez mais ainda - na ordem do dia: os falsos devotos religiosos, o charlatanismo, a ética e a influência da religião no convívio familiar.

 

Esta é a primeira empreitada não realista da Cia Teatro Esplendor, que buscou referências no expressionismo alemão e no cinema mudo. A Cia investiu na pesquisa de uma construção corporal e cênica não naturalista, bebendo em variadas fontes: a mímica corporal dramática, a máscara balinesa, a commedia dell’arte, a capoeira e o treinamento físico de Grotowski. 

 

SINOPSE

 

Orgonte (Gustavo Damasceno), chefe de família e homem de posses, cai nas garras de Tartufo (Yasmin Gomlevsky), um suposto religioso, na verdade um inescrupuloso charlatão. Toda família de Orgonte logo se dá conta do caráter de Tartufo, exceto o patriarca.

 

Tartufo se instala na casa de Orgonte, e usando de sua falsa posição de devoto religioso, chega a se tornar líder espiritual de seu anfitrião, que segue todos os conselhos e lhe oferece todas as regalias. A cada investida da família contra Tartufo, Orgonte reage dando cada vez mais liberdades e direitos ao hóspede, chegando ao ponto de prometer-lhe a filha Mariana (Nuaj Del Fiol) em casamento, apesar dela já estar prometida a Valério (Gustavo Luz). 

 

Elmira (Patricia Callai), esposa de Orgonte, conta ao marido que seu hóspede está tentando seduzi-la. Orgonte acaba concordando em se esconder para espiar o que Tartufo anda dizendo à sua esposa. O charlatão enfim cai na armadilha e é expulso de casa por Orgonte, que parece ter voltado a si. Mas é tarde demais: Orgonte já havia passado todos os seus bens para o nome do falso amigo. 

 

A MONTAGEM, PELO DIRETOR

 

“Agregamos ao espetáculo questões e memórias pessoais dos atores e uma premissa básica que nos norteou desde o princípio: trabalhar com uma interpretação não realista, mas que fosse impregnada de sentido e teatralidade. Aos poucos, o espetáculo foi nascendo através das ações dos personagens, e começamos a nos perguntar se ele se sustentaria sem palavras. A ideia inicial era compor a estrutura de ações físicas e juntá-la com o texto de Molière, mas o desafio de contar uma história que fosse legível, sem hermetismo e sem diálogos falados, começou a nos provocar e instigar, e o próprio processo de ensaios nos conduziu ao caminho mais pertinente a seguir. O mergulho no universo do cinema mudo expressionista e chapliniano foi uma referência fundamental, assim como as experiências com o treinamento físico grotowskiano, a máscara balinesa, a mímica de Decroux (1898-1991, ator e mímico francês), a capoeira e a religiosidade individual de cada membro do elenco.”, explica Bruce Gomelvsky.

 

A MÚSICA DE BORUT KRZISNIK 

 

A música do espetáculo é do compositor esloveno Borut Krzisnik, cujo trabalho vem integrando um grande número de filmes, balés, peças de teatro e outras produções mundo afora. Krzisnik já compôs para filmes de Peter Greenaway e peças de Gerald Thomas – ocasião em que Bruce Gomlevksy, então integrante da companhia de Ópera Seca de Gerald, o conheceu. É também de Krzisnik a trilha de "O Homem Travesseiro", dirigida por Bruce em 2012.

 

O músico é vencedor do prêmio Vesna de melhor música no Festival de Cinema da Eslovênia em 2008 (filme Paisagem Nº2) e do 1º prêmio no Festival de Napoli Danza (Labirinto).

 

Tem sete álbuns lançados: LIGHTNING (Claudio Records, 2013), VALSE BRUTAL (Claudio Records, 2014, KUD França Prešeren, 2009), SACRE DU TEMPS (Claudio Records, 2013, Station Zuid, 2007), A VIDA EM MALAS (Claudio Records , 2012, First Name Soundtracks, 2006), STORIES FROM MAGATREA (Claudio Records, 2014, KUD France Prešeren, 1997, lançamento dos EUA: Falcata-Galia Recordings, 1999), LA DOLCE VITA (Claudio Records, 2014, FV, Liubliana / Discordia , Willich, 1995) e CURRENTS OF TIME (Claudio Records, 2012, Recommended Records, Londres, 1991; relançamento: Tone Casualties, Hollywood, 1998).

Ficha Técnica

Direção

Bruce Gomlevsky

 

Elenco / Personagem

Yasmin Gomlevsky / Tartufo 

Gustavo Damasceno / Orgonte 

Thiago Guerrante / Dorina 

Ricardo Lopes / Cleanto 

Patricia Callai / Elmira 

Nuaj Del Fiol / Mariana 

Felipe de Barros / Damis 

Gustavo Luz / Valério 

 

Cenário

Bel Lobo e Bruce Gomlevsky

Figurino

Maria Duarte

Luz

Elisa Tandeta

Caracterização

Mona Magalhães

Música

Borut Krzisnik

Assistência de Direção

Luiza Espíndula 

Fotos

Dalton Valério e Manu Tasca

Programação Visual

Rita Ariani

Patrocínio

Caixa Econômica Federal e Governo Federal

Direção de produção

Luiz Prado

Realização

Cia Teatro Esplendor

Assessoria de imprensa

SPontes Comunicação - João Pontes e Stella Stephany

Temporada​

Teatro Poeirinha

06 Setembro a 24 Outubro 2018

 

Teatro Maison de France

01 Agosto a 08 Setembro 2019

Críticas

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